China: ômicron fecha terminal em Ningbo e afeta voos em Hong Kong
ATUALIZAÇÃO, Jan 10: Não há mais restrições nos terminais de Ningbo. Os motoristas já podem entrar e sair da região de Beliun normalmente. Tianjin é que está sob lockdown agora, com restrição no fluxo de caminhões nas estradas. Pequim também tem restrições no transporte rodoviário.
A mais recente onda do coronavírus, puxada pela variante de alta transmissibilidade ômicron, levou ao fechamento de ao menos um terminal marítimo em Ningbo e afeta voos na ilha de Hong Kong. De modo geral, por ora o impacto é diminuto na cadeia logística chinesa, mas a Craft segue de olho no país, bem como em todos aqueles em que atua de modo direto ou indireto, para se adiantar a quaisquer desdobramentos.
Dos cinco terminais portuários de Ningbo, apenas um foi temporariamente fechado, o que se encontra na área de Beilun. A área teve acesso restringido pelo governo local para evitar mais infecções e casos de pandemia, segundo Thays Boscaine, coordenadora do LCL da Craft. “Os demais terminais funcionam normalmente, com manuseio de cargas, desembaraço, inspeção alfandegária, estufagem e entrega de contêineres no CFS (Container Freight Station)”, diz Thays.
De acordo com Fernando Blasi, gerente do FCL, a questão recai mais sobre o transporte rodoviário, já que motoristas evitam acessar a região, já que podem testar positivo e ficar retidos para quarentena, ou mesmo enfrentar problemas para sair após descarregar os caminhões. “Além do déficit na oferta do transporte rodoviário, muitas fábricas não estão aceitando embarques por esse terminal, e é possível que a situação se agrave”, afirma.
No modal aéreo, Hong Kong apresenta maiores dificuldades face ao crescimento dos casos de covid. A gerente de procurement Lorena Jorge conta que a companhia Cathay Pacific cancelou seus voos de longa distância, de passageiros e cargueiros (PAX e CAO), até 6 de janeiro e pode realizar mais cancelamentos pela frente. São todos os voos transpacíficos: Europa, Sudoeste do Pacífico, Riade e Dubai.
De acordo com informações colhidas por Lorena, o governo em Hong Kong impôs regras de quarentena mais rígidas para tripulações de carga baseadas na ilha, gerando altos custos para as companhias aéreas, que necessitam cobrir suas tripulações em quarentena, reduzindo oferta de voos e abrindo a possibilidade de aumento de tarifas. A Cathay Pacific é a maior operadora de carga em Hong Kong, lidando com cerca de 25% do volume total de frete aéreo no aeroporto.